quarta-feira, 14 de março de 2012

Crítica de Cinema: Drive

Ficha Técnica
Filme: Drive (Drive, 2011).
Direção: Nicolas Winding Refn.
Roteiro: Hossein Amini.
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Bryan Cranston, Albert Brooks, Ron Perlman, Oscar Isaac, Christina Hendricks, Kaden Leos, James Biberi, Russ Tamblyn.
Duração: 100 minutos.
Classificação: 16 anos.


No início de Drive já sabemos como o motorista (do título) trabalha, de maneira simplificada, sem tratar o espectador como burro. A cena em que ele auxilia na fuga de dois assaltantes, consegue ser emocionante sem utilizar artifícios como explosões, capotamentos etc.
Ryan Gosling foi a escolha correta para o papel do Motorista sem nome, as suas expressões nos passa realmente o sentimento  vazio que o protagonista aparenta carregar consigo, mas que rapidamente é preenchido, quando está próximo a sua vizinha Irene, interpretada pela britânica Carey Mulligan de uma maneira, que faz você acreditar que ela seja a paz que ele busca.
O filme é dirigido com precisão cirúrgica pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn, não a toa venceu o prêmio de melhor direção em Cannes. Cada close, cada ângulo te leva junto com o Motorista em suas saídas pelas ruas de Los Angeles, na cena inicial você sente-se o passageiro na fuga pelas ruas da cidade dos Anjos.


Um filme que é ambientado nos tempos atuais, mas que em sua estética lembra muito aos filmes de ação da década de 80, Drive hipnotiza por sua perfeição técnica, estética e pela sua ótima trilha sonora, assinada por Cliff Martinez, a violência gráfica também soa magnifica, a medida que os eventos vêm ocorrendo ela fica mais latente.
As atuações são um atrativo a parte, Ryan Gosling e os traços de seu rosto mostram o quãoenigmático é o seu personagem, Carey Mulligan demonstra porque quando ao seu lado o Motorista esquece do mundo, Ron Perlman aparece poucos momentos e faz valer cada instante em tela, mas o grande destaque no elenco vai para Albert Brooks, ator conhecido por papéis cômicos e por suas dublagens em Os Simpsons, o ator é o mal em pessoa, como o mafioso Bernie Ross, principalmente no terceiro ato da película. Um ótimo estudo de personagens e um ótimo estudo sobre a psiquê humana, travestido de filme de ação, faz de Drive um dos melhores filmes de 2011 que chegou aqui somente agora em 2012.


Obs.: Não vá assistí-lo, achando que encontrará um Velozes e Furiosos da vida.


Nota: 9,5

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