quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Crítica Especial: Batman Begins

Ficha Técnica
Filme: Batman Begins (Batman Begins, 2005).
Direção: Christopher Nolan.
Roteiro: Christopher Nolan e David Goyer.
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Morgan Freeman, Cillian Murphy, Tom Wilkinson, Ken Watanabe, Rutger Hauer, Mark Boone Junior, Linus Roache, Sara Stewart, Rade Serbedzija, Gus Lewis, Richard Brake, Colin McFarlane, Tim Booth.
Duração: 140 minutos.
Classificação: 10 anos.

Após as bombas dirigidas por Joel Schumacher o Homem-Morcego teve uma repaginada, que demorou acontecer, mas após várias versões de roteiro e até um cogitado Superman Vs. Batman eis que a responsabilidade cai sobre as mãos de Christopher Nolan e ele coloca o Cavaleiro de Gotham de volta no lugar que merecia.

O filme nos apresenta em flashback como Bruce Wayne adquire medo dos morcegos, e a conexão de todos eventos seguintes o tornarão no símbolo de justiça que Gotham sempre buscou. Diferente das bombas anteriores este filme é calcado na realidade, buscando elementos que torne tudo que acontece durante a película possível ou que aproximem-se desta, temos um Bruce Wayne amargurado e sentindo-se culpado pela morte dos pais, tendo de carregar este fardo consigo e Christian Bale mostra porque foi a escolha mais correta para interpretá-lo, impossível imaginar outro ator que conseguisse transpassar de tal forma os sentimentos da personagem.




Outro ponto posítivo da produção, a escolha de Michael Caine como o mordomo Alfred que serve muito como o alívio cômico, para tirar um pouco da densidade do enredo do filme, ele é a única ligação de Bruce com o mundo real, apesar de não querer. Os vilões são muitos (o que é de certa forma, muito bom!), Tom Wilkinson como o chefe da máfia de Gotham, Carmine Falcone remete muito aqueles clássicos vilões de filmes de gangsters e até mesmo Rutger Hauer que representa a vilania das corporações. Cillian Murphy como Jonathan Crane, o Espantalho tem uma parte importante no enredo do filme, e a maneira que é criada a sua principal arma (o gás do medo) é uma das pouquíssimas coisas que fogem um pouco da realidade, mas que não deixa de soar genial. Liam Neeson como sempre, ótimo no papel de Henri Ducard, quem treina Bruce e é em tese o responsável pela criação da persona que o jovem milionário assume ao retornar a sua cidade natal e que no terceiro ato revela-se algo mais que apenas um tutor.




Com parte da sua trama baseada em Ano Um, um arco dos quadrinhos que mostra o primeiro ano de Bruce/Batman, como o Cavaleiro das Trevas, Batman Begins é um re-início digno a um personagem digno, e que fora tratado da maneira que deveria ter sido tratado por um diretor e a deixa para a continuação só nos fez pensar quão ambicioso e confiante foi o estúdio a acreditar em Christopher Nolan e na sua visão bastante marcante do personagem mais complexo e humano da DC Comics.


Nota: 9,5






Imagens: Divulgação.

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