sexta-feira, 8 de julho de 2011

Underpop: A Fronteira

Olá amigos do Cine Entretenimento! Sou Guilherme Silva e hoje começo a sessão de postagens Underpop, onde escreverei críticas de filmes não tão famosos assim - ou de gosto um tanto duvidoso para alguns.


E nessa estreia, vamos de A Fronteira.



© Lions Gate Home Entertainment


Dirigido e escrito por Xavier Gens (Hitman – Assassino 47), A Fronteira é um terror com a pretensão de ser gore ou torture porn, mas na verdade a coisa não é tão grave assim.

A história se passa na França. A população está em revolta com o governo autoritário, o que gera vários conflitos nas ruas e torna tudo um caos. A narrativa acompanha um grupo de jovens amigos, dentre eles está Yasmine (Karina Testa), que grávida planeja abortar a criança em Amsterdã, por isso ela e seus amigos pretendem atravessar a fronteira de carro até seu destino na Holanda.
O grupo de amigos se separa em dois, pois Yasmine e seu ex-namorado - e pai da criança, ficam para trás para deixar o irmão dela que está ferido no hospital.
Os outros dois amigos que saem na frente, rumam a fronteira, porém a noite cai antes deles alcançarem seu objetivo, por isso resolvem parar numa espécie de pousada perto da estrada.
E é aqui que começa o show de clichês.

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Aonde foi que eu vi isso mesmo? Robocop? Viagem Maldita?
Começando pelo próprio local, onde os rapazes encontram belas moças afim de uma "festinha" (qualquer semelhança com O Albergue é mera coincidência).
Numa sequência meio confusa de se entender, temos os rapazes - um mais animado do que o outro, encorajando as moças a irem para o quarto com eles. Depois temos uma breve cena de sexo onde aparentemente não rolou nada, pois logo a seguir vemos os dois rapazes jantando numa mesa junto delas, um grandão com pinta de irmão mais velho e uma senhora com cara de matriarca - sinceramente não sei se essa cena deveria ser cômica, pois se era pra ser, não teve o efeito esperado, também não entendi o intuito dela.
Abrindo um parênteses, esse estilo de colocar diálogos engraçadinhos no meio de um filme com essa proposta não é algo que agrada. Aliás, esse típico "diálogo francês" não é convincente em nenhum filme, vide Taxi.
Enfim, a partir daí começa a sessão galhofa. Com interpretações um tanto duvidosas, e ações ao estilo gato caçando rato, os rapazes finalmente são levados para uma velha mansão onde mora um velho/louco/neo-nazista/canibal - não necessariamente nessa ordem.

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E é claro que não poderia faltar uma Luger pra assinar o atestado de nazista do velhinho.

Nisso, Yasmine e o pai de seu filho chegam a pousada após receber uma mensagem dos amigos na noite anterior. Lá, as duas moças fogosas dizem que os rapazes estão em outro hotel no final da estrada. Todo mundo vai até lá e então as intenções do velho nazi são reveladas: Comer os visitantes e fazer Yasmine engravidar do seu filho também psicótico(!).
Como eu disse anteriormente, o filme tinha a pretensão de ser torture porn, mas o que se vê é um pouco de sangue espirrando e nenhum porn.
Filmes como esse em que a história não te prende, ao menos chamam a atenção pelo nível de violência e mutilação empregados - se você gosta do gênero. Mas A Fronteira não entrega nem um nem outro. Além de uma história fraca e confusa, a violência que seria um dos motes do filme também não convence. Além de não chamar atenção e usar de artifícios presentes em O Albergue, como os velhos clichês o corte no tendão de Aquiles (também visto em Casa de Cera) - que por sinal é a cena mais pesada do filme inteiro.
Resumindo, A Fronteira usa um conflito urbano para tentar nos aproximar da história mas acaba caindo no mesmo clichê desse gênero de filme, com personagens caricatos (o psicopata torturador; o ajudante gordo com avental de açougueiro; a filha infantil; os capangas retardados) e narrativa previsível, acaba sendo um mix mal feito de O Albergue com Viagem Maldita.

Confira o trailer abaixo.





Nota: 3 de 10 (e olhe lá!)

Imagens: Lionsgate/Divulgação.

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