segunda-feira, 26 de abril de 2010

Crítica de Cinema: A Estrada


Ficha Técnica
Filme: A Estrada (The Road, 2009)
Direção: John Hillcoat.
Roteiro: Joe Penhall.
Elenco: Viggo Mortensen, Kodi Smit-McPhee, Charlize Theron, Robert Duvall, Guy Pearce, Garret Dillahunt, Molly Parker, Michael K. Williams, Bob Jennings, Agnes Herrmann, Buddy Sosthand, Kirk Brown, Brenna Roth, Jack Erdie, David August Lindauer.
Duração: 112 minutos.
Classificação: 16 anos.



Ao término de A Estrada, você fica com a sensação de vazio, pois o filme tem uma história maravilhosa, mas o diretor John Hillcoat não consegue dar aquele algo mais a trama e dar mais emoção a ela, no filme Viggo Mortensen é um pai que tem como missão proteger o filho de tudo que ofereça ameaça e tudo isso num mundo pós catástrofe que vive uma escassez de alimentos o que trouxe a fome e levou muitos humanos matarem outros seres humanos para sobreviverem - sim canibalismo - e o bom do filme é o quanto Viggo consegue tornar a sua personagem crível, ele sente-se tão ameaçado pelo perigo, que para ele não há ninguém que represente a bondade além dele e do filho – que é muito bem interpretado por Kodi Smit-McPhee, filho esse que é mais racional que o pai, pois sempre consegue contornar a situação e fazê-lo voltar atrás de sua decisão. Mas o maior trunfo do filme está nas pequenas aparições de Charlize Theron que interpreta a esposa de Viggo e mostra nas poucas vezes que aparece o que motivou a jornada do pai e do filho rumo ao sul, mas a melhor parte é quando a personagem de Robert Duvall aparece, um velho que faz uma reflexão acerca dos eventos que deixaram o mundo daquele jeito, e o momento mais emocionante e dos melhores, é o dialogo de sua personagem com a de Viggo que falam como a loucura tomou todo o mundo e o efeito que ela surtiu entre os seres humanos que acabou forçando-os a tornarem-se primitivos novamente, com certeza é o ápice da película, tirando isso a aparição de Guy Pearce é a mais fraca no filme que torna sua conclusão fraca e sem sentido. Conclusão: O filme tinha tudo para ser uma das melhores obras cinematográficas, mas por ter uma direção um tanto inexperiente, acaba tornando-se apenas um filme bom e nada mais que isso, tendo como trunfo apenas suas atuações.


Felipe de J. Souza


Nota: 7,5

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