Cine Entretenimento: Crítica Especial: Batman

Ficha Técnica

Filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008).

Direção: Christopher Nolan.

Roteiro: Christopher Nolan, Jonathan Nolan e David Goyer.

Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Morgan Freeman, Eric Roberts, Michael Jai White, William Fichtner, Nathan Gamble, Melinda McGraw, Colin McFarlane, Joshua Harto, Anthony Michael Hall, Cillian Murphy, Ritchie Coster, Nestor Carbonell, Chin Han, Ron Dean, Monique Gabriela Curnen.

Duração: 152 minutos.

Classificação: 12 anos.

O re-início do Homem-Morcego nos cinemas após os dois últimos "triunfos" proferidos por Joel Schumacher nos deixou com um gostinho de quero mais, principalmente depois de seu final, o qual revelava qual a próxima pedra no sapato do Cavaleiro de Gotham, sim o seu arquiinimigo Coringa - que falaremos mais sobre mais a frente.

Nolan voltou a direção e além dele, David Goyer também retornou como roteirista, que teve Jonathan Nolan, irmão do diretor. No filme podemos notar as mudanças em Gotham desde que o vigilante mascarado passou a protegê-la, adicionemos também parte desta responsabilidade ao novo promotor público Harvey Dent (Aaron Eckhart), por essa razão a máfia passa a reunir-se durante o dia, já que eles sabem que o Batman não age durante, em decorrência disso também vemos muitos imitadores que utilizam a sua imagem para de certa forma lutarem contra o crime.

E dentro desse panorama somos apresentados a um Bruce Wayne (Christian Bale sempre crível) cansado e inconsequente, já que pouco se importa com sua condição, algo que Alfred (Michael Caine) salienta, por preocupar-se com o futuro de seu patrão - ou filho - como preferir. Em seu início o filme mostra uma cena de assalto muito bem orquestrada, pelo diretor e seu diretor de fotografia Wally Pfister tornando-a uma da melhores cenas já feitas, e afirmar isso não é exagero algum.

Na cena vemos surgir um Coringa muito semelhante ao visto na HQ A Piada Mortal - que será referência ao filme num todo - escrita por Alan Moore, apenas pela frase proferida pelo personagem ao ser questionado pelo gerente do banco que assalta "O que não te mata, apenas te torna mais estranho". O destino dos personagens é uma incógnita, já que somos pegos de surpresa a todo instante, com as inúmeras reviravoltas no roteiro e tudo graças a persona criada por Heath Ledger para o palhaço do crime e pelo roteiro escrito pelos irmãos Nolan, muitos falam que o Coringa é o que move o filme, mas são os personagens e a preocupação do diretor em trabalhá-los que faz o filme andar e o que o difere dos demais filmes do mesmo segmento.

Além de Ledger, Aaron Eckhart e seu Harvey Dent que é totalmente o oposto do vilão e tem um destino trágico que não seria possível se não fosse pelo ator que inspirado entrega o seu melhor momento no terceiro ato, quando já ciente do seu fim mostra o quão deturpada sua mente foi, pelo arquiteto do maléfico plano, funcionando mais como um filme policial de cunho dramático o filme com toda a certeza foi um divisor de águas para o sub-gênero e sua estética foi e é um padrão que muitas produções tentam seguir até o presente momento.