quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Crítica de Cinema: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge


Ficha Técnica
Filme: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012).
Direção: Christopher Nolan.
Roteiro: Christopher Nolan, Jonathan Nolan e David Goyer.
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Tom Hardy,  Anne Hathaway, Joseph Gordon-Levitt,  Marion Cotillard, Gary Oldman, Matthew Modine, Morgan Freeman, Juno Temple, Alon Aboutboul, Ben Mendelsohn, Burn Gorman, Daniel Sunjata, Aidan Gillen  Cillian Murphy, Nestor Carbonell, Reggie Lee, Brett Cullen, Joey King, Josh Pence, Christopher Judge, India Wadsworth, Liam Neeson.
Duração: 165 minutos.
Classificação: 12 anos.


Enfim chegou as salas de cinema o tão esperado final da trilogia do Cavaleiro das Trevas dirigida por Christopher Nolan, o filme que fecha o ciclo iniciado em 2005 com Batman Begins e que seguiu em Batman - O Cavaleiro das Trevas no ano de 2008, é um bom filme, mas que peca por alguns aspectos no roteiro, por um final que poderia ser melhor e por cenas de luta que ainda deixam a desejar.

O filme passa-se oito anos após os eventos de O Cavaleiro das Trevas, e a Lei Dent criada a partir dos atos de Harvey Dent, (Aaron Eckhart) fez com que todos os bandidos (sem exceções) fossem transferidos para a prisão Blackgate, trazendo uma relativa paz para Gotham, que começa a ser quebrada com a aparição de um terrorista radical e que promete trazer Gotham abaixo, e isso força o Batman voltar a ativa. 



A cena inicial do filme é tudo que um filme de espionagem gostaria de realizar, um resgate aéreo realizado de forma inusitada, e a forma que é filmada impressiona. É quando somos apresentados ao personagem vivido por Tom Hardy, Bane - não comparemos sua caracterização com a do filme anterior vivida intensamente pelo saudoso Heath Ledger - a voz do personagem lembra muito a de um ícone pop: Darth Vader e Hardy faz o mesmo que a maioria dos vilões, consegue destacar-se com sua presença marcante, e consegue passar tensão em cada cena que surge, e isso é o que o diretor tem de melhor, trazer tensão e fazer você temer os atos do vilão.



Mais um ponto positivo do filme é a presença de Anne Hathaway, que definitivamente surpreende na pele da ladra Selina Kyle e o faz com naturalidade e sempre que aparece dá um charme a cena e também a enriquece, Joseph Gordon-Levitt e o seu personagem - criado especialmente para o filme - rouba a cena, e principalmente no monólogo que conta a sua história e que acaba servindo de motivação para que Bruce Wayne volte a vestir o manto do Cavaleiro das Trevas. E desta vez vemos um Alfred menos cômico e mais emocional e ponto positivo para isso, já que as cenas realmente emocionam e Michael Caine mostra o porque é Michael Caine (destaque para uma cena chave no terceiro ato), Christian Bale consegue atingir o seu melhor momento como o personagem, abatido e cansado de segurar a mentira que trouxe a paz a cidade (a morte de Dent) ele decide voltar a ativa graças a John Blake que mostra o quão motivador o símbolo do Homem-Morcego é para os cidadãos.


Destaques também para as participações de Liam Neeson que aparece brevemente como Ra's Al Ghul e Cillian Murphy como Jonathan Crane vulgo Espantalho e lógico para o grande Morgan Freeman e o seu Lucius Fox que sempre vale o ingresso.



Com ótimas cenas de ação, a já citada cena inicial, e mais duas sendo uma na metade do segundo ato e a outra no terceiro ato, o filme mostra ter amadurecido bastante, já não pode-se dizer o mesmo das cenas de luta, já que elas sempre foram o fraco da franquia (que eu adoro, antes que me apedrejem) lógico que elas são carregadas de tensão mas fica faltando aquele algo mais, que poderia ter sido melhor. E o maior ponto negativo do filme está na revelação de determinado personagem, e na interpretação da bela Marion Cotillard, que são ambas descartáveis. Com uma conclusão que decepciona por não explicar como aquilo foi possível e por algumas falhas técnicas contidas no roteiro, tiram parte do brilho do filme, mas a trilogia fecha de maneira louvável por assim dizer, o filme não é o melhor da trilogia, mas Nolan mostrou mais uma vez que é possível fazer um blockbuster/filme de super-heroi sem ter que se apoiar em efeitos especiais e criar uma história madura e divertida, aprenda Michael Bay, você tem de comer muito arroz com feijão.



Nota: 7,5

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