quinta-feira, 28 de junho de 2012

Crítica de Cinema: Prometheus

Ficha Técnica
Filme: Prometheus (Prometheus, 2012).
Direção: Ridley Scott.
Roteiro: Damon Lindelof e Jon Spaihts.
Elenco: Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Logan Marshall-Green, Idris Elba, Sean Harris, Rafe Spall,  Guy Pearce, Patrick Wilson, Emun Elliott, Benedict Wong, Katie Dickie, Lucy Hutchinson.
Duração: 125 minutos.
Classificação: 14 anos.

Vendido ao público como uma prequel do clássico Alien - O Oitavo Passageiro, Prometheus, tem seus pontos positivos e seus pontos negativos, mas estes últimos prevalecem, e isso é uma pena já que pelo material até então divulgado mostrava que aquilo tudo poderia fazer muito barulho e levar os fãs da franquia dos xenomorfos aos céus, tanto que acabou gerando discussões acerca de teorias em fóruns.

Dito isso me senti ao fim da sessão com um grande vazio já que após uma expectativa gerada por culpa dos materiais (vídeos, trailers e afins) não foi superada e nas linhas abaixo tentarei expor.

De maneira primorosa o filme tem início com belas tomadas aéreas, mostrando de maneira perfeita a criação do ser humano, a partir daí rapidamente o filme pula para o futuro e mostra a expedição onde vemos pela primeira vez a personagem principal e que moverá a trama, Elizabeth Shaw (Noomi Rapace), e o filme será um teste a fé da personagem. Nas highlands ela e seu companheiro Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) descobrem o que dizem ser um convite dos criadores da raça humana (denominado por eles Engenheiros) em desenhos.



Recrutados para a expedição bancada pela Weyland Industries até o planeta LV-223 possível local de origem dos Engenheiros, mas essa busca pelas origens pode dar início a nossa raça. Representando a corporação estão a executiva Meredith Vickers que interpretada por Charlize Theron, é a pessoa que pensa apenas no benefício a empresa, além de ser fria e não importar-se com seus tripulantes, chegando até a ser questionada por um dos tripulantes se ela não é um robô, dada a sua frieza e calculismo. Falando em robô, eis o destaque da película, Michael Fassbender e sua interpretação como o andróide David é intrigante, pois a sua apatia em relação as situações que ocorrem durante o filme é impressionante e assusta, pois torna-se imprevisível.



Mas é uma pena que isso tudo não baste, já que a partir da sua segunda metade o filme perde o rumo e vira um festival de clichês, o valentão da equipe que não se bate com o medroso e que já têm destino certo, a morte (ooooh!) e também são deixadas pontas soltas no roteiro, com o intuito de continuar e/ou revelar tudo numa sequência, e sem contar que sua conclusão consegue ser mais forçada que tramas de novela mexicana. E acabamos que nada é explicado e mais perguntas são jogadas na tela para que criemos teorias e mais teorias, e mais uma coisa, criaram uma cena - desnecessária e com o simples intuito de avisar aos desavisados - ou burros - "Ei! Este filme é parte do universo de Alien tá??!?".



O filme acaba e questiono, por que não ter mantido o ritmo da primeira metade do filme, que começou de maneira tão bela e terminar como se fosse aqueles pedreiros "meia-colher" que terminam o serviço de qualquer maneira. Agora só nos resta aguardar a versão do diretor já anunciada por Scott para vermos se há algo de diferente, do original. E Ridley Scott, por favor volte a ser aquele da década de 70/80 sem medo e genial, pois esse do século XXI não é o mesmo, abraço.


Nota: 6,5

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