terça-feira, 23 de agosto de 2011

Underpop: Penance

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Depois da análise do enojante filme da semana passada, retornei a um dos meu estilos favoritos de horror movies, o torture porn. Dessa vez assisti um não tão conhecido da maioria do público: Penance (sem título em português) do ano de 2009.

Com uma estética ao estilo documentário – assim como em Cloverfield e A Bruxa de Blair Penance (Penitência numa tradução livre) conta a história de Amelia Wallis (Marieh Delfino) uma jovem mãe de 24 anos que trabalha como assistente social ajudando mulheres vítimas de agressão física e sexual.
De começo vemos o primeiro trecho gravado, onde Amelia aparentemente está filmando uma apresentação para algum tipo de reality show ao qual ela deseja muito participar, pois se ganhar, receberá um prêmio de vinte mil dólares, que seriam empregados no tratamento do câncer de sua filha pequena.
Para que suas filmagens saiam "mais naturais" e ela cative o público que irá julgar quem participará do programa, Amelia começa a pedir conselhos de como ficar mais confortável em frente a câmera para sua amiga, a stripper Suzie (Eve Mauro). Conforme vai visitando sua amiga, Amelia percebe o quanto dinheiro sua amiga consegue ganhar apenas dançando sensualmente em festas, e após uma certa relutância, também acaba tornando-se dançarina de striptease.





Shake that ass
Quando tudo falhar, vire uma stripper.

A um determinado ponto Amelia é convidada fazer um "show" num antigo hospital psiquiátrico abandonado nas redondezas de sua cidade. A partir daí, começa o inferno na vida da jovem, que sem saber estava nas mãos do psicopata maníaco Geeves, vivido por Graham McTavish (estará em O Hobbit e também é dublador de vários jogos e séries animadas). Desse ponto em diante o filme segue alternando entre filmagens do próprio psicopata e sua equipe e de Amelia.
Com um tom à la Jogos Mortais (o primeiro) a história de Penance acaba caindo em velhos clichês desse estilo de filme, como o psicopata em busca da punição e redenção das "pecadoras" - as strippers - que ele atrai, tortura e mantém presas no hospital abandonado, até que ele sinta que elas se arrependeram de toda a sua vida errônea.
O nível de sangue é um pouco alto, mas as torturas não são tão excruciantes quanto em outros filmes. O detalhe diferente – ou ponto alto da bizarrice – vai para o ritual executado por Geeves, de arrancar cirurgicamente o orgão sexual de todas as mulheres aprisionadas, e guardá-los numa espécie de "conserva" dentro de um pote cheio de líquido. Há também a cena da auto-mutilação, em que o assassino decepa o próprio pênis(!) em frente a câmera (que obviamente não mostra tudo, apenas ficando na insinuação).





Hummm
Humm, cheirinho bom.


No mais, Penance é um filme razoável, sem muitos atrativos de roteiro se tornando apenas "mais um na multidão" dos torture porns da nova geração. Seu maior atrativo é a atuação de Graham MacTavish (quase chegando no overacting do Dr. Heiter/Dieter Laser) e a estética câmera na mão, que as vezes fica um pouco forçada, com ângulos não muito naturais de filmagem.

Destaque para as participações de Tony Todd (o eterno Candyman) e Michael Rooker (Dias de Trovão, Risco Total, Retrato de um Assassino)





Candyman!!
Candyman!


Pra quem gosta desse tipo de entretenimento, vale pela curiosidade. Para quem não gosta, não irá perder muito tempo já que a película tem só 1h e 22 minutos de duração.

Fiquem com o trailer:







Nota: 5


Imagens: Divulgação.

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