domingo, 17 de outubro de 2010

Crítica de Cinema: O Último Exorcismo

Ficha Técnica
Filme: O Úlltimo Exorcismo (The Last Exorcism, 2010)
Direção: Daniel Stamm.
Roteiro: Huck Botko e Andrew Gurland.
Elenco: Patrick Fabian, Ashley Bell, Iris Bahr, Louis Herthum, Caleb Landry Jones, Tony Bentley, John Wright Jr, Shanna Forrestall, Justin Shafer, Carol Sutton, Victoria Patenaude, John Wilmot, Becky Fly, Denise Lee, Logan Craig Reid.
Duração: 87 minutos.
Classificação: 14 anos.


O Último Exorcismo tenta acrescentar inovação ao gênero, que até o momento tem a sua melhor realização no clássico dirigido por William Friedkin, O Exorcista, e no quesito inovação O Exorcismo de Emily Rose, vem na frente, pois é um filme que questiona a veracidade ou não de uma possessão demoníaca. É a partir desse ponto que vemos o trunfo de O Último Exorcismo surgir, dirigido pelo estreante Daniel Stamm, o filme traz um estilo que ultimamente vem sendo utilizado a exaustão em filmes de suspense e terror (vide Atividade Paranormal e [REC]), o falso documentário, logo de inicio somos apresentados ao Padre Cotton Marcus (Patrick Fabian), que mostra a uma dupla de documentaristas o seu dia a dia como Padre na sua pequena igreja em Louisianna, e contando sobre a sua vida pessoal. Em certo ponto no inicio Cotton conta por que age daquela forma em seus cultos e não em sua vida pessoal, deixando claro que após relatos de atos errôneos de padres em exorcismos, os quais levaram muitas crianças a morte, sua visão em relação a exorcismos e a própria religião em si, mudaram. Por essa causa ele segue fingindo - atuando em seus exorcismos  - encomendados por fiéis -  apenas para ganhar alguns trocados para sustentar a sua familia (em especial ao seu filho que tem problema de saúde), e por essa razão (apenas por essa) nos faz ter empatia pelo personagem - que personifica muitos líderes religiosos da atualidade. Voltando ao filme, Cotton recebe uma carta de um pai desesperado que vem perdendo os animais de sua fazenda e que diz ser obra do diabo, que reside em sua filha, a partir daí o filme sofre altos e baixos ininterruptos como as frases sempre proferidas em filmes documentais "Desliga a câmera!" e o liga/desliga que permeiam o filme, apesar disso tudo há algumas cenas que assustam como a que Nell (a garota possuída interpretada por Ashley Bell) pega a câmera e sai andando pela casa. Um ponto  louvável do filme é que brinca com a crença do espectador a todo instante, fazendo-nos não saber o que é verdade e o que é mentira, o que é um ponto forte num filme regular como ele. Já em seu climax o filme entrega algo que vai além, por surpreender com um final que faz o personagem de Patrick Fabian, apagar tudo o que defendia no inicio da pelicula, foi algo que surpreendeu, mas que não salva o filme de ser apenas regular.


Felipe de J.Souza



Nota: 7

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