quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Crítica de Cinema: Os Mercenários

Ficha Técnica
Filme: Os Mercenários (The Expendables, 2010)
Direção: Sylvester Stallone.
Roteiro: Sylvester Stallone e Dave Callaham.
Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Terry Crews, Randy Couture, Eric Roberts, Steve Austin, Giselle Itié, David Zayas, Gary Daniels, Charisma Carpenter, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis.
Duração: 99 minutos.
Classificação: 16 anos.



Quando ficamos sabendo que Stallone estava montando um dream team, para o seu próximo filme e que ele mesmo disse que seria uma volta do gênero que o consagrou na década de 80, ficamos na expectativa - lógico, pois algo que esperávamos desde os primórdios estava realizando-se, todos os grandes nomes da ação em um único filme. Pois bem, em seu inicio o filme ja mostra que será fiel aos do gênero dos anos 80, Stallone e sua equipe tomam de assalto um navio cargueiro sequestrado por piratas somalis e ele e seu grupo de exterminadores estão la para resgatar os reféns e eliminar os somalis, o que vemos é um banho de sangue e uma cena absurdas, que nos habituamos a ver no gênero.
Após essa missão Barney (Stallone) e seus comparsas voltam, mas nem tempo têm para descansar, mais uma missão os aguarda e Barney vai ao encontro do contratante e é nessa cena que vemos nossos sonhos realizarem-se Barney conversa numa igreja com o misterioso Mr. Church (Bruce Willis) e de repente aparece na entrada um homem de alta estatura desfocado, mas quando aproxima-se vemos que trata-se de ninguem mais ninguém menos que Arnold Governator Schwarzenegger, ele é um concorrente de Barney, seu nome é Trench, mas de importante para a trama a cena não tem de nada apenas serviu de pretexto para colocar os três bambambans da ação juntos e nos diálogos vemos várias provocações entre Barney e Trench, que referenciam fatos pessoais e o personagem que deu status a Stallone, como quando Barney responde o que Church pergunta sobre o que há de errado com Trench ele de imediato responde: "Ele quer ser presidente".
Voltando ao filme, após a reunião com Church, Barney e Lee (Jason Statham) rumam para a Ilha fictícia de Vilena um país da América do Sul, para situarem-se e lá eles têm a ajuda de Sandra (Giselle Itié) que serve de guia para eles, mas o que era pra ser apenas um reconhecimento torna-se um pretexto pra mais tiros e pancadaria e nessa cena algo de diferente, ao Barney disparar uma arma de cabeça pra baixo a camera movimenta-se da mesma forma que o personagem, foi algo que me surpreendeu, mas a partir daí o filme torna-se muito forçado seja na tentativa de criar cenas dramáticas (Mickey Rourke ainda caracterizado de Ivan Vanko) e na cena de luta sem necessidade aparente onde Statham aparece numa quadra de basquete para quebrar a cara de uns homens e logo após sair de moto com a sua mulher na garupa. E detalhem para as cenas de luta que ou não foram bem ensaiadas ou Stallone não soube colocar os planos e angulos corretos para rodá-las, pois você não sabe quem está apanhando e quem está batendo em quem, o que se torna um incômodo no decorrer da película, mas que torna-se mais satisfatória na cena de ação conclusiva quando tomam de assalto o palacio do ditador interpretado por David Zayas, General Garza. E pra concluir dois pontos no filme que não me satisfizeram, um foi o desperdicio de um ator tão bom como Jet Li que na maioria de seus filmes sempre mostrou-se um ótimo lutador em suas cenas, aqui lhe é dado uma metralhadora em mãos o que acaba tornando-se um desperdício com ótimo ator (que podemos conferir em Mestre das Armas e Cão de Briga) e por fim a outra insatisfação foi a cena mais estúpida que teve no filme, querendo tentar tirar de Statham algo de atuação (já que ele apenas serve para cenas de ação) fazendo-o declamar uma poesia sem pé nem cabeça que quando termina me pergunto qual a necessidade dessa cena. Finalizando Os Mercenários é apenas mais do mesmo, só que desta vez com um monte de testosterona ao invés de apenas uma ou duas, e faz jus ao seu título original (Expendables, que significa descartável). Se você é fã do gênero pode ir sem medo, mas não verá nada de mais.





Felipe de J. Souza




Nota: 6

2 comentários:

  1. É cara, como diria o Statham: -"Cool Tool.." PQP!!! Filme tosco do caralho!! Além de ser ruim eu não ganhei meu macaco e nem vi os peitos da Gisele Itié! Porra Stalone!!!

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  2. O filme é uma bosta da bosta do clichê, tinha até admiração pelo Stalone, depois que ele falou merda do meu pais, não assisto mais nada referente a ele, e olha que eu adorava o Rocky.

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