Crítica de Cinema: Ilha do Medo

Ficha Técnica
Filme: Ilha do Medo (Shutter Island, 2010)
Direção: Martin Scorsese.
Roteiro: Laeta Kalogridis.
Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Max von Sydow, Michelle Williams, Jackie Earle Haley, Emily Mortimer, Patricia Clarkson, Ted Levine, Elias Koteas, John Carroll Lynch, Robin Bartlett, Christopher Denham, Nellie Sciutto, Joseph Sikora.
Duração: 138 minutos.
Classificação: 14 anos.



Em sua quarta colaboração com Martin Scorsese Leonardo DiCaprio mostra uma interpretação digna de premiações como Oscar, pois pode-se notar a dedicação que deu a ela. Ele é Teddy Daniels um detetive da policia federal que é encaminhado a uma instituição psiquiátrica no meio do oceano Pacífico, junto de seu parceiro Chuck Aule (interpretado magnificamente por Mark Ruffalo), para investigar o sumiço de uma paciente, até aí nada de surpreendente, mas percebemos no decorrer do filme que nem tudo parece ser o que é. O que seria apenas mais um filme de suspense nas mãos de qualquer outro diretor, nas mãos de Scorsese torna-se uma viagem por um mundo de insanidade e que mostra até onde ela leva o ser-humano, com reviravoltas que fazem você não saber quem está falando a verdade e quem está mentindo, embarcando você nessa viagem lisérgica. Sentimos o sofrimento da personagem de DiCaprio quando ele lembra dos horrores que viveu durante a guerra e quando lembra da morte de sua esposa (interpretada na medida certa por Michelle Williams).
Outro ponto destacável é a rápida aparição de Jackie Earle Haley como um dos internos da instituição, que mesmo sendo uma aparição em menos de 10 minutos já vale o ingresso, pois é em sua aparição que notamos realmente o verdadeiro sentido da história e o rumo que ela tomará até sua conclusão. Com um final surpreendente que pegou não só a mim, mas a todos que estavam na sala de surpresa (alguns até sairam revoltados, por acharem absurdo), Ilha do Medo é um filme de quem faz cinema de verdade para quem realmente gosta de cinema, isso é Martin Scorsese, um dos maiores gênios da sétima arte e que faz do filme até o momento o melhor de 2010.

Felipe de J. Souza

Nota: 10